O Poder do Amor - Mary Balogh

Livro: O Poder do Amor
(Someone to Love) 
Westcott #1
Autor (a): Mary Balogh 
Número de Páginas: 352
Editora: ASA Portugal 

Sinopse: Não há nada que a alta-sociedade mais aprecie do que um bom escândalo, e, ao morrer, Humphrey Wescott, conde de Riverdale, proporciona-lhe isso mesmo. É que Wescott não só tinha uma filha secreta como também casou em segredo quando era jovem... o que torna ilegítima a sua atual família.
Anna Snow passou praticamente a vida inteira num orfanato. Desconhece por completo o conceito de lar. É com grande espanto que descobre que não só tem uma família, como o pai era o recém-falecido conde de Riverdale. Mas esta transição de órfã a herdeira não vai ser nada fácil… O duque de Netherby, porém, sente-se estranhamente impelido a ajudar esta jovem desamparada. É temido por todos, mas só ele sabe o que passou para alcançar o seu estatuto atual. Terá ele coragem, à medida que os sentimentos entre ambos se vão intensificando, de a deixar ver quem se encontra por detrás da máscara do duque? E conseguirá Anna adaptar-se à nova condição sem perder os seus princípios?

RESENHA por Luciana Corrêa da Silva.

Olá, como vão?

Hoje trago uma resenha de lançamento cá em Portugal. Chamado O Poder do Amor, este livro belíssimo foi escrito por Mary Balogh, diva idolatrada pelas leitoras de romances de época, e é o primeiro de uma série chamada Westcott. Esta é uma publicação da editora ASA em Portugal.

O livro conta a história de um escândalo que abala a mais alta sociedade inglesa. O conde de Riverdale, ao morrer, proporciona o maior de todos os escândalos e abre as portas para muita tristeza e indignação. O dito conde, escondeu de todos que, no passado, foi casado com uma plebeia e com ela teve uma filha, que acabou por deixar em um orfanato.

Assim, com a morte do Conde, a atual Condessa chama o procurador da família e manda que ele encontre a moça e faça com ela um acordo financeiro para que seus lindos e ricos filhos não tenham problemas futuros com a bastarda. Acontece que descobre-se que a tal bastarda é a única herdeira de toda a fortuna e que os bastardos são os que pensam ser legítimos. Um escândalo sem proporções está armado: a atual família é ilegítima e não tem direito a nada.

A menina Anna Snow é uma professora que passou a vida toda no orfanato e muito pouco sabe do que se passa fora daquelas paredes. Ela não sabe o que é família, pois tudo o que tem é o carinho e a convivência com as demais crianças e jovens (alguns cresceram com ela). Surpresa e incrédula, descobre, de maneira bem peculiar, que não só tem uma família, como o pai era o recém-falecido conde de Riverdale.

A mudança é grande demais para a órfã Anna, mas ela foi bem criada e também ensina às crianças que tenham dignidade e altivez, pois ninguém é melhor que ninguém e as coisas sempre podem ser melhores do que são. Em meio a reuniões familiares para decidir o futuro da jovem rica e necessitada de instrução acerca dos moldes sociais, o duque de Netherby, um enfadonho nobre, rico além da conta, sente-se estranhamente interessado em ajudar a jovem tão encantadora. Apesar de simples e direta, a moça tem algo que o fascina.

Mas não é nada fácil para nós, leitoras, entendermos quem é esse homem. Ele tem uma aura de segredo e impõe medo em todos, mas ninguém sabe o que o menino rico e belo passou para alcançar o respeito que seu estatuto social necessita. Avery é um homem fascinante e intrigante aos olhos da moça que tudo o que mais possui na vida é sua dignidade. Ele é incrivelmente belo, apesar de não ter muita estatura, é grande, forte e irrepreensível em suas ações.

A jovem olhou para Avery com os seus olhos cinzentos, grandes e serenos, que não vacilaram quando se cruzaram com os dele. Permaneceu no mesmo sítio sem se mostrar envergonhada, nem sequer aterrorizada, consternada ou paralisada, e sem demonstrar o que seria de esperar quando alguém entra pela porta errada.

Terá ele coragem, à medida que os sentimentos entre ambos se vão intensificando, de a deixar ver quem se encontra por detrás da máscara do duque? E conseguirá Anna, agora a poderosa Lady Anastasia Westcott, adaptar-se à nova condição sem perder os seus princípios?

Confesso a vocês que achei que já tinha lido tudo dos romances de época, que eu não leria mais nada de novo e diferente, mas aí aparece a Mary Balogh com esse livro deslumbrante de tão lindo. Cheio de paixão, de entendimento, com um personagem masculino incrivelmente único e cheio de marra. Avery é um dândi, um homem excêntrico, lindo e fino… Algumas pessoas chegam a pensar que seu zelo pela bela apresentação o afasta das mulheres, mas aí, no momento mais inesperado de todo o livro e também da vida da mocinha, ele se mostra perfeito.

Esse livro é o começo de uma nova viagem pelo tempo da Regência, de forma arrebatadora e com o mais doce dos amores. Com diálogos incríveis, personagens divertidos e irreverentes, fui levada por uma das mais belas histórias de amor que já li. Um enredo maravilhoso que progride sempre de forma agradável e muito satisfatória até o fim. Estou apaixonada… Não vejo a hora de ler os próximos livros da série.

Beijinho e até a próxima *Torço para que os Westcott logo cheguem por aí ;)

Série Westcott:
01. O Poder do Amor;
02. Someone to Hold;
03. Someone to Wed;
04. Someone to Care;
05. Someone to Trust.

Outras capas: 

 


2 comentários

  1. Aaaaah eu quero <3 haha
    Que resenha linda Lu, quando vi o lançamento dessa capa ai de Portugal já fiquei encantada, é linda, e com a sinopse e essa resenha percebi que preciso ler essa história rsrs. Sei que por aqui vai demorar já que a Arqueiro começou a lançar outra série agora, mas quem sabe né ?! a esperança e a última que morre :D :D

    Ótima resenha Lu, bjks!

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  2. (Alguns Spoilers, peço desculpa)
    Este livro tinha tudo para ser um 5/5, com a premissa da historia de Cinderela no inicio, mas a meio não sei o que aconteceu mas pareceu-me que a escritora ficou sem tempo e apressou a história. A parte em que nunca sabemos que 'artes marciais' o duque aprendeu, o 'gentleman chines' cujo nome nunca sabemos, a rapidez com que o duque se apaixonou (sendo ele um homem controlado e que não cedia a tentações). A maneira dos serventes falarem, nunca mas nunca poderia ser aceite naquela altura histórica. O facto da Anna explicar na carta ao Joel que 'sentia certo medo'do que o Duque era capaz, o facto do duque ter passado por bulling, ser quase violado e junto com mais pormenores levam-me a crer que ainda havia muita coisa para ser explicada. Adorei quando ele leva a Anna ao 'dojo' dele (é de sublinhar que era ele sempre quem o limpava) lembrou-me muito a cena de Christian Grey levar a Ana dele ao 'quarto dos brinquedos'. Enfim, não foi o meu livro preferido com toda a certeza mas valeu cada cêntimo porque no fim dei uma boa risada (uma daquelas sentidas) com o absurdo de algumas coisas que li!

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