[RESENHA] Rastro de Sangue: Jack, o Estripador de Kerri Maniscalco.

Livro: Rastro de Sangue: Jack, o Estripador
(Stalking Jack the Ripper)
Stalking Jack The Ripper #1
Autor (a): Kerri Maniscalco
Número de Páginas: 354
Editora: Darkside
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Sinopse: O assassino mais perigoso da história espera por você Combine a astúcia de Sherlock Holmes com a determinação de Lia, a heroína das Crônicas de Amor & Ódio. Pronto, você já tem uma pista de quem é Audrey Rose, a detetive protagonista de Rastro de Sangue: Jack, o Estripador. Prepare-se para acompanhá-la pelos becos sombrios de Londres neste romance policial com grande pesquisa histórica. Você nunca mais vai encarar a era vitoriana do mesmo jeito após devorar este lançamento da DarkSide Books.
Audrey Rose não é a típica donzela inglesa do século xix. Quando ninguém está vendo, a jovem realiza autópsias no laboratório de seu tio, contrariando a vontade de seu pai e todas as expectativas da sociedade. Ela pode não saber fazer um penteado elaborado, mas faz uma incisão em Y num cadáver como ninguém. Seus estudos em medicina forense a levam na trilha do misterioso Jack, cujos assassinatos brutais derivados de uma terrível sede de sangue amedrontam a cidade. E Audrey Rose, empoderada desde o berço, quer fazer justiça às vítimas - ​​mulheres sem voz e marginalizadas por uma sociedade extremamente sexista. Na companhia de Thomas Cresswell, o aprendiz convencido e irritante de seu tio, ela decide seguir seus instintos e os rastros de sangue do notório assassino. Afinal, nenhum homem foi capaz de descobrir sua identidade. Esse é um trabalho para uma mulher.
Rastro de Sangue: Jack, o Estripador é o primeiro volume de uma série que já prevê inspiração em outros personagens clássicos da era vitoriana, como o Príncipe Drácula e o Escapista Harry Houdini. É também o romance de estreia de Kerri Maniscalco, autora descoberta por James Patterson, que vem conquistando o coração de leitoras e leitores em todo o mundo. Aqui no Brasil, os fãs podem esperar aquele padrão de qualidade quase psicopata da DarkSide Books. Uma edição feita sob medida para acompanhar os leitores nessa investigação cheia de reviravoltas. E, como se fosse preciso dizer, em capa dura, é claro.
RESENHA por Lili Aragão.

Rastro de Sangue – Jack, o estripador, lançamento da DarkSide, traz uma história ocorrida na época dos assassinatos. Promovidos pelo real e famoso serial killer que atuou em Londres e região em 1888, tem uma proposta diferenciada ao ter como protagonista uma peculiar jovem de 17 anos que tem como paixão a medicina forense.

Audrey Rose Wadsworth é uma adolescente que tem interesses diferentes da maioria das jovens na sua idade naquela época. Ao invés de se interessar por sapatos, jantares, sedas, belos duques ou lordes ela era fascinada por cortar e explorar corpos, baldes de sangue, remoção de órgãos e resoluções de assassinatos. Com a ajuda do tio Jonathan e sem a autorização do pai Edward, ela passa-se por menino pra assistir as aulas do tio e está sempre escapando pra servir como ajudante dele quando este auxilia a polícia. na investigação de assassinatos.

Após a morte da mãe, de varíola, a relação de Audrey com o pai ficou estremecida pois Edward ficou muito abalado e perdido na tristeza e, na busca por protegê-la dos perigos e dos germes do mundo, ele tenta conter o espírito aventureiro dela. Por ter rancor do irmão ele não permite que ela estude com o tio, restando a Audrey recorrer ao irmão, Nathaniel, para apoiá-la na escolha de seus estudos.

Atuando como ajudante do tio, Audrey vê-se envolvida com o caso de um assassino em série que inicialmente é apelidado de Avental de Couro pela imprensa, mas que posteriormente se auto intitula Jack o estripador e aterroriza a Londres da época ao assassinar inúmeras prostitutas.

Com o avanço da investigação Audrey e Thomas, outro ajudante do tio, percebem que as mulheres assassinadas têm uma ligação com a família dela e tem que correr contra o tempo pra descobrir quem está cometendo estas atrocidades e pará-lo.

A autora traz uma protagonista jovem que age de acordo com sua idade ao suspirar pelo rapaz que ela gosta, mas que se diferencia das outras através de suas ideias que estão voltadas para igualdade entre os gêneros. Ela não só quer ter uma profissão como quer mostrar que pode atuar tão bem quanto qualquer homem em uma época onde tais ideias eram rechaçadas.

Através dela a autora levanta a bandeira de que o gênero não constitui desvantagem da mulher perante ao homem e que ambos podem trabalhar em pé de igualdade, usando seus pontos fortes.

Não é necessário que alguém seja forte apenas em termos físicos, uma mente e uma vontade forte também eram implacáveis.

Audrey é uma protagonista forte, inteligente, emocional, que não mede esforços para solucionar o caso representando mulheres que eram ignoradas e sem voz.

Além do tio, ela é ajudada por Thomas, outro aluno de Jonathan. Este traz leveza à trama através das cenas de flerte que ele proporciona com Wadsworth, como ele a chama, mas é extremamente racional quando está auxiliando nas investigações, bem como inteligente e dedutivo. Também perdeu a mãe e não tem uma boa relação com a família, morando sozinho e se dedicando aos estudos forenses.

Thomas ama implicar com Audrey e é um patife cativante.

O romance é pincelado nesse primeiro livro, não toma mais espaço do que o suspense e a investigação dos assassinatos, estando na medida certa pra envolver o leitor.

A escrita da Kerri é descritiva, como deve ser a medicina forense, mas não chega a chocar. A narração é toda pela perspectiva de Audrey. A investigação aponta muitos suspeitos e o leitor tem que ir juntando um quebra-cabeça pra resolver o assassinato junto com Audrey e Thomas, seu parceiro frequente.

Eu não leio tantos livros de suspense, mas assisto séries e filmes e esse livro me fez lembrar de uma série baseada nessa mesma época e nos assassinatos do estripador chamada Ripper Street, muito boa por sinal.

Eu consegui deduzir o assassino antes dele ser revelado e, na falta do fator surpresa, eu esperava ser impactada pelos motivos e pela cena de sua revelação, mas essa parte mostrou-se a mais fraca pra mim. Infelizmente a cena e os motivos não me convenceram e o desfecho como um todo deixou a desejar, o que é uma pena.

Ainda assim, essa é uma boa primeira história, os personagens principais são cativantes e mesmo que o final não tenha alcançado minhas expectativas o livro como um todo é muito bom. Rastro de Sangue me ajudou a sair da minha zona de conforto e a mistura de realidade e fantasia da autora faz o leitor se sentir na pele da protagonista lidando com cadáveres e fazendo autópsias, vale a pena se aventurar.

Série:
01. Rastro de Sangue: Jack, o Estripador;
02. Hunting Prince Dracula;
03. Escaping from Houdini.

Outras capas:


 


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