[RESENHA] Os Números do Amor de Helen Hoang


Livro: Os Números do Amor
(The Kiss Quotient)
The Kiss Quotient #1
Autor (a): Helen Hoang
Número de Páginas: 280
Editora: Paralela
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Sinopse: Um romance que prova que o amor muitas vezes supera a lógica.
Já passou da hora de Stella se casar e constituir família — pelo menos é isso que sua mãe acha. Mas se relacionar com o sexo oposto não é nada fácil para ela: talentosa e bem-sucedida, a econometrista é portadora de Asperger, um transtorno do espectro autista caracterizado por dificuldades nas relações sociais. Se para ela a análise de dados é uma tarefa simples, lidar com os embaraços que uma interação cara a cara podem trazer parece uma missão impossível. Diante desse impasse, Stella bola um plano bem inusitado: contratar um acompanhante para ensiná-la a ser uma boa namorada.
Enfrentando uma pilha cada vez maior de contas, Michael Phan usa seu charme e sua aparência para conseguir um dinheiro extra. O acompanhante de luxo tem uma regra que segue à risca: nada de clientes reincidentes. Mas ele se rende à tentação de quebrá-la quando Stella entra em sua vida com uma proposta nada convencional.
Quanto mais tempo passam juntos, mais Michael se encanta com a mente brilhante de Stella. E ela, pela primeira vez, vai se sentir impelida a sair de sua zona de conforto para descobrir a equação do amor.

RESENHA por Lili Aragão.

Hoje vamos falar sobre Os Números do Amor. Um romance escrito pela autora Helen Hoang e publicado no Brasil pela editora Paralela.

Acostumada a rotinas, Stella Lane é pega de surpresa quando seus pais a informam que estão prontos para serem avós. O primeiro pensamento dela é que aquela não era uma boa notícia, pois, quando a mãe punha algo na cabeça era impossível fazê-la mudar de ideia. Os netos tão desejados pelos seus pais a levariam a ter encontros e estes encontros inevitavelmente levariam ao sexo, e ela estava convencida que não era boa nessa matéria.

O choque deu lugar a questionamentos acelerados, motivados pelo pânico. Netos significavam bebês. E fraldas. Montanhas de fraldas. E bebês choravam, dando gritos agudos como criaturas mitológicas que nem os melhores fones de ouvido eram capazes de abafar. Como conseguiam berrar tanto e por tanto tempo sendo tão pequenos? Além disso, bebês implicavam maridos. Maridos eram precedidos de namorados.  Namorados eram precedidos por encontros. Encontros levavam a sexo. Ela estremeceu.

As experiências sexuais que Stella teve até então foram desastrosas. É durante uma conversa com um colega do trabalho que surge a ideia de que ela precisa praticar mais para, então, aprender a gostar do sexo. Usando de lógica para resolver seu problema, Stella chega à conclusão que precisa contratar um profissional.

Stella tem 30 anos, é bem-sucedida profissionalmente e possui síndrome de asperger, um tipo de autismo leve. Ela tem hipersensibilidade a cheiros, ruídos e toques. Tem obsessão pelo trabalho, adora rotinas e não possui nenhum traquejo social. É super sincera e tem aversão a mentira e engodo. Nenhuma dessas características faz dela uma expert em romance, muito pelo contrário. E é assim que ela contrata Michael para ajudá-la.

Michael é um amor e um protagonista nada convencional. Trabalha há três anos como acompanhante de luxo. Vem de uma família vietnamita grande e cheia de mulheres. Está super endividado e cansado da profissão que vem atuando. Mas como as contas não param de chegar, ele continua trabalhando.

Ambos os protagonistas têm histórias para contar e o livro logo envolve o leitor. A proposta principal é a educação sexual de Stella e nesse aspecto o livro se aprofunda muito, é bem sensual. Mas é também contagiante. Uma daquelas belas surpresas que encontramos nas leituras.

A protagonista escrita pela Helen é baseada em sua própria experiência de vida. Foi bem interessante ler a nota ao final do livro e descobrir como ela foi diagnosticada tardiamente graças as pesquisas que fez para escrever a história. Helen assim como Stella também tem síndrome de asperger e usou isso para desenvolver sua trama.

Achei angustiante acompanhar as interações de Stella em alguns momentos e ver as dificuldades que ela tem para se relacionar com outras pessoas e permanecer em certos ambientes. Helen lança o leitor no dia a dia de quem tem essa condição sem se aprofundar muito, despertando no leitor a curiosidade sobre o tema e o instigando a pesquisar e querer saber mais.

Ele não tirou a mão, o que a levou a analisar como se sentia. Era um toque casual e não solicitado, do tipo que em geral a fazia se fechar em si mesma. Mas naquele momento só sentia o calor do corpo de Michael, a aspereza de sua pele e o peso de sua mão. Era difícil entender, mas seu corpo o aceitava. Somente ele.

Os Números do Amor acabou por se mostrar uma grata surpresa numa sequência de leituras regulares, acho até que estava numa daquelas temidas ressacas literárias e graças a esse livro consegui sair dela. Fiquei completamente envolvida por essa história diferente e rica, cheia de referências a dramas coreanos, atores asiáticos, pelos personagens genuínos e encantadores. Gostei muito e indico sim a leitura.

The Kiss Quotient:
01. Os Números do Amor;
02. The Bride Test;
03. Sem título.

Outras capas:

   




2 comentários

  1. Oi Lili, eu adoro livros assim e acho que somos muito parecidas no que diz respeito a ler coisas diferentes do habitual. Adorei a resenha, beijinhos

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    1. É verdade Lu, nossos gostos geralmente batem <3
      Obrigada pelo carinho de sempre. Beijo!!

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